Módulo de ambientação Livro

2. Educação a Distância

Quando falamos de Educação a Distância, pensamos na ausência do professor e da sala de aula física. Chegamos a imaginar que em um curso a distância estaremos sozinhos em frente a uma máquina, tendo de cumprir uma série pré-determinada de tarefas e recebendo feedbacks automatizados. Entretanto, o conceito de Educação a Distância está muito mais ligado à relativização do tempo e do espaço por meio do uso apoiado de tecnologias da informação.

Segundo o Ministério da Educação (Decreto Nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005) a educação a distância "caracteriza-se como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos".

Assim, não estamos juntos fisicamente. Contudo, estamos conectados, vencendo barreiras de espaço e tempo no contato virtual. Temos a opção de conversar com todos ao mesmo tempo (fóruns de discussão, chats), podemos falar individualmente com alguém (mensagem instantânea, e-mail), ou fazer perguntas e questionamentos e sermos respondidos por nossos colegas e tutor. Enfim, estamos conectados a um mundo de possibilidades.

Desta forma, abandonamos a aprendizagem mecânica, centrada em um modelo passivo de mera transmissão e assimilação do conhecimento, e passamos para uma abordagem autônoma da aprendizagem, em que está implícita a responsabilidade do estudante por sua aprendizagem.

Pereira e Silva1 esclarecem que a autonomia não implica autodidatismo, mas sim busca por outras fontes de conhecimento, além do material disponibilizado.

Segundo as autoras, a era da informação favorece um formato de educação no qual o estudante atua como sujeito autônomo e ativo no processo de construção do seu conhecimento e, o professor, como parceiro e motivador.

Nessa linha de pensamento, Pereira e Silva defendem que a educação a distância se propõe uma resignificação dos papéis do estudante, e do professor, do espaço físico e da grade curricular.

Todo o material didático e estratégias educacionais são planejados no sentido de auxiliar o estudante no processo de ensino-aprendizagem nesse novo modelo. Por isso, a instituição de ensino combina suporte didático, tecnológico e tutorial.

Assim, preparar-se para os estudos é uma incumbência do estudante, que pode determinar o melhor momento para realização de suas atividades, respeitando a proposta do curso. Ele aprende a aprender, a desenvolver sua autonomia e, dessa forma, transforma-se em um pesquisador autocrítico e um profissional criativo e dinâmico, que sabe trabalhar em grupo.


1 Disponível: http://tead.grupouninter.com.br/ac1/.../de4161e834b15c3bbbdbc77aae28ee15.ppt Acessado em 10.11.2010.